sábado, 3 de julho de 2010

16.06.2010 a 20.06.2010 - CAMINHADA E RIVER TREKKING NO ALTO CAPARAÓ - ENTORNO MINEIRO

Promovido pelo Caminhadas e Trilhas – tive a oportunidade de conhecer essa maravilha de lugar, marcando a nossa aventura ao Parque Nacional do Caparaó. Conhecemos o belo entorno mineiro do Caparaó, visitando o Encontro dos Rios Claro e Córrego dos Balaios, após caminhada em pedras, água, trilhas na Mata Atlântica, poços e o que mais de aventura pudesse ser encontrado em 6 horas de adrenalina.

Ainda no segundo dia, mais aventura na parte baixa do Parque, com visita ao Vale Verde, Gruta do Jacu e Poço Azul!

O Vale Verde proporcionou momentos inesquecíveis, quer seja pela opção de escolher um caminho "mais radical" para o retorno, quer seja pelo grau de dificuldade oferecido no seu transcurso.

No segundo dia, contando com a animação do Danilo, da Júlia, de Marcos e de Mirna, depois de tanta adrenalina, ainda tive a oportunidade de pegar o sol com as mãos. Alugamos um Jeep e fomos até o Mirante ver o por do sol. Era a realização da minha segunda meta. Não queria ir além. Estar ali me bastava. Estava pesando naquele dia 75 kg. Meu esforço tinha valido à pena. Eu era capaz. Eu sou capaz.

Finalizando o fim de semana, torcida pela Seleção Brasileira no segundo jogo da Copa do Mundo de Futebol , Brasil x Costa do Marfim .

PROGRAMAÇÃO REALIZADA:
1º DIA: CACHOEIRO – Alto Caparaó (sexta feira, 18/06/10)
Com saída de Cachoeiro às 19:00 h, em frente ao Hotel San Karlos, na Beira Rio . Chegada às 22:00, com receptivo com caldos e pernoite na Pousada Querência .

2º DIA: River Trekking (sábado, 19/06/10)
Café da manhã às 06:00 h, com saída às 07:00 h, em carros 4 x 4, rumo a base do Roteiro ao Encontro dos Rios. Caminhada de nível intenso, em meio a vários obstáculos,porém com visual inusitado a cada instantE. Retorno à Pousada em torno das 16:00 h. À noite, jantar com música típica mineira e confraternização do Caminhadas e Trilhas.

3º DIA:Parte Baixa do Parque Nacional do Caparaó-Opcional (domingo, 20/06/10)

23.05.2010 - TRILHA EM FORNO GRANDE - DETALHES








NÍVEL DA CAMINHADA: caminhada de nível médio a forte, de 3 horas de duração passando por trilhas contemplativas em velhas estradas de café, avistando-se montanhas grandiosas, onde o grande destaque é o Forno Grande, gigante de 2.029 m de altitude, localizado dentro do Parque Estadual do Forno Grande, administrado pelo IEMA.


DESTINO: Alto Congresso, Cruzeiro e Pedra das 7 Cruzes. Os nomes enigmáticos, a grandeza do Forno e paisagens deslumbrantes deram o tom mágico e sinistro desta aventura. Adrenalina pura. Ora chovia, ora fazia sol, ora a neblina cobria toda a paisagem.


ALMOÇO: Do tipo italiano e rural, na Fazenda Sossego, Hospedagem Rural, Cama & Café, da Dona Maria Rita Casagrande, Comunidade de Forno Grande.


TELEFONE DA HOSPEDAGEM:. 28.9886.0975


A hospedagem disponibiliza Guia para orientar a trilha, durante todo o trajeto.

PARQUE ESTADUAL DO FORNO GRANDE



O Decreto Estadual 7.258/11.09.98, criou o Parque Estadual do Forno Grande, com área de 730 hectares, em Castelo (ES).


A grande atração e destaque é o Pico do Forno Grande, com 2.039 metros, que é administrado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – IEMA .


Seu relevo é montanhoso com variação assimétrica de 1.600 a 2.039 metros de altitude. Nesta região da montanha capixaba, predomina a colonização italiana, que identificava o Pico como uma representação em larga escala dos seus fornos de assar pão.


A flora é diversificada e sua variada fauna possui animais em risco de extinção, como a onça pintada, sussuarana e o gavião-pega-macaco.


No topo do Pico, existe uma mata de 300 m², que segundo o cientista Augusto Ruschi, é a maior floresta de altitude do mundo.


Segundo os historiadores, o nome do Município de Castelo surgiu quando um dos exploradores que caminhava em busca de ouro chegou no entorno da cidade e deparou-se com montanhas com formação semelhante a de um castelo de estilo feudal. Para completar a semelhança, a serra ao lado desta formação tinha o aspecto de muralhas no entorno do castelo. Na época, esta formação montanhosa era denominada Pedra do Castelo (atualmente Pico do Forno Grande) e era ponto de referência para as caravanas que passavam pelo local rumo às Minas Gerais, principal local já consolidado como rota ideal para exploração de ouro em abundância.


Embora os deslocamentos mais significativos fossem realmente feitos em direção às Minas Gerais, alguns mineradores decidiram explorar ouro próximo à sede da Capitania do Espírito Santo. Foi um desses que chegou a Serra do Castelo. Na passagem para as Gerais, os exploradores observavam a presença de inúmeros ribeirões, que indicavam a presença de ouro. Um dos primeiros a se interessar pela Serra do Castelo foi o bandeirante paulista Pedro Bueno Cacunda.


O destino da caminhada realizada pelos trilheiros foi a Comunidade do Forno Grande, surgida em 1933, cujas primeiras famílias foram Gussão, Casagrande, Pravato, Fejole e Brambila.


No início não havia estrada, o que existiam eram simplesmente trilhas e as pessoas que precisavam ir a Castelo tinham que utilizar o cavalo para o deslocamento.


A origem do nome da comunidade, deve-se aos imigrantes italianos que achavam que o pico/pedra parecia com um forno e a fumaça que ficava sempre em cima dessa pedra lembrava um forno de barro que eles utilizavam para assar pães e biscoitos.


A construção da Igreja da Igreja da Comunidade aconteceu por volta de 1938 e a Padroeira escolhida foi a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.


No dia 26 de agosto de 1955, na Comunidade de Forno Grande, na pedra conhecida como “forninho” que tem 1.700 metros de altitude, houve a queda de um avião da Cia. Cruzeiro do Sul, que tinha como destino Salvador. Neste acidente morreram carbonizados todos os passageiros e tripulação, totalizando 17 pessoas mortas.


Atualmente a Comunidade de Forno Grande, possui uma população de aproximadamente 480 pessoas e 120 famílias.


Além do Parque, os destaques da comunidade são a fábrica de beneficiamento do morango, agroturismo com pousada rural, trilhas e caminhadas ecológicas, pequenas cachoeiras, nascentes, produção rural de geléias, queijos, manteiga, puína e outras delícias.


Na Semana Santa, ocorre a Via Sacra, saindo da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro até a Pedra das Sete Cruzes, evento este que atrai inúmeros turistas.


Como chegar até o parque

O acesso ao Parque é feito por estrada de terra de bom estado de conservação.

Distâncias em Km:

  • De Pedra Azul, passando por Alto Caxixe até o PEFG. 28km
  • Do Trevo da Fazenda do Estado, passando pelo Caxixe Frio até PEFG. 23km
  • De Pedra Azul passando por São Paulinho do Aracê até PEFG. 28km
  • De Cachoeiro, passando por São Paulinho do Aracê até PEFG. 77km
  • De Castelo, passando pela Fazenda da Prata até o PEFG. 32km
  • De Castelo, passando pelo Limoeiro até o PEFG. 42km.

Agendamento

Todo o passeio deverá ser agendado com antecedência de pelo menos 24 horas (1 dia), e deverá ser sempre acompanhado por um guarda-parque do IEMA.

Telefone para agendamento: (27) 3248-1156
Horário de funcionamento: 8:00h as 17:30h.
Atenção: O horário de saída para o passeio nas trilhas é as 9h da manhã e à 13:30h da tarde, não sendo realizada saídas em outros horários.
Tamanho máximo dos grupos: O passeio pode ser feito por grupos de no máximo 40 pessoas até a Cachoeira e a Gruta da Santinha, e de no máximo de 20 pessoas até os Poços Amarelos e o mirante.
Ingresso: Temporariamente, a partir de março de 2008, o passeio para todas as trilhas é GRATUITO.
Trajes e roupas: Todo o visitante deverá trajando roupas leves e confortáveis, calça comprida e calçado fechado sem salto e com boa aderência ao solo.
Banho: O visitante poderá banhar-se nas cachoeiras e piscinas naturais e levar roupa de banho.
Lanches e água: O parque não possui lanchonete em seu interior, por isso recomenda-se que o visitante leve água e um lanche leve ou desfrute dos restaurantes localizados nas proximidades. As trilhas possuem pontos de água potável e bancos e mesas para contemplação, descanso ou lanche.
Outras atrações locais: Aproveite a sua visita e conheça outras atrações locais próximas ao Parque


Infra-Estrutura

O Parque possui estrutura aberta ao público, com centro de visitantes e trilhas de fácil acesso. O centro de visitantes possui banheiros, bebedouros e coleções de fauna e flora.

O parque ainda conta com um alojamento restrito para pesquisadores, com camas, colchões, cozinha e banheiro.

Não há camping ou lanchonete no interior do parque, mas há pousadas e restaurantes nas proximidades, que oferecem diversos serviços e áreas de lazer. Acesse o site da prefeitura de castelo ou informe-se na Agência Castelo de Turismo pelo telefone (28) 3542-0484/5199 para obter maiores informações.


TUDO COMEÇOU ASSIM...












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Abril de 2010... mais precisamente dia 03, sábado. Subo na balança e constato, com tristeza, que estou pesando 87,9 kg. Choro diante do espelho porque não mais vejo em mim nenhum traço de beleza ou de sensualidade. Apenas um corpo pesado e um rosto abatido. Manequim 50... Auto-estima abaixo de zero.
Faço uma retrospectiva e um filme passa na minha cabeça. Sempre tive um corpo bonito: não o de uma modelo (o que seria muita pretensão minha), mas era proporcional. Em seguida penso na minha saúde, que poderia estar comprometida pelo excesso de peso e percebo ser necessário e urgente fazer alguma coisa para reverter esse quadro.
Procuro um médico que solicita alguns exames, sugerindo uma dieta balanceada e a prática de exercícios. Quanto à dieta, tudo bem. Exultei!
A pior parte ficaria por conta dos exercícios, uma vez que a única atividade físcia que estava praticando nos últimos tempos consistia em subir um lance de escadas que me levava à sala de audiências e, ao chegar em casa, subir mais 15 degraus que me levavam ao meu quarto.
Em síntese: puro sedentarismo.
No entanto, o desejo de renovação falava mais alto.
Nesse ínterim, Edmundo Lau, meu colega de trabalho me dá a notícia que viria revolucionar o meu estado de espírito: ele recebera um email do João Madureira, líder do grupo Caminhadas e Trilhas, de Cachoeiro de Itapemirim – ES, convidando para uma trilha até o Parque Estadual do Forno Grande, em Castelo.
O coração apertou. Era agora ou nunca. Eu queria muito ir, mas “gorda” e sem condicionamento físico, não chegaria a lugar algum.
Foi então que começou a minha luta contra o tempo e contra a balança.
Já empenhada com a dieta, no dia 12/04/2010, estava pesando 85 kg. Nesta data começo a freqüentar a academia Exercite +, de Marcelo Laquini. O mais engraçado da história é que fui para incentivar Mariá, minha filha, que não gostava de praticar atividade física. Mas lá chegando e traçado o meu objetivo, a equipe de professores, dentre eles Manga Rosa, João (que carinhosamente chamo de Hitler) e Carioca, não medem esforços em me orientar e dar dicas para que eu possa perder peso, melhorar meu tônus muscular e capacidade respiratória.
A caminhada para o Forno Grande estava marcada para 23 de maio. Pouco tempo e tanta coisa a fazer.
A partir de então, impus metas na minha vida. Eu iria chegar ao destino em igualdade de condições com os demais participantes. Eu iria batalhar por isso!
A esteira que antes funcionava com suporte para minha bolsa, voltou à ativa. Fazia uma hora de esteira pela manhã e freqüentava a academia, 3 vezes por semana, à noite...
Isso, sem contar que a escadaria do meu quarto passou a fazer parte do meu treino. Subia e descia os degraus, com uma mochila nas costas contendo 10 kg em seu interior, durante 15 minutos. O suor pingava. Estava apenas simulando uma subida intensa.
No dia 22 de maio, véspera da data marcada para a caminhada, estava pesando 79 kg e havia adquirido algum condicionamento físico. Pura alegria...
Ligo para o meu filho e ele, praticante de trekking, me dá algumas dicas de respiração, uso de talco nos pés, quantidade água a levar, etc...
O coração batia acelerado, ansiosa... Será que eu iria conseguir???
Praticamente não dormi naquela noite. Às cinco da manhã levantei, vesti a roupa que havia escolhido com carinho para aquele dia especial, lembrei-me de todas as recomendações do meu filho, calcei o tênis e acompanhada de Edmundo Lau e Júlia Carreta, partimos para a Fazenda Sossego, em Forno Grande, local designado como ponto de encontro do grupo.
O coração batia acelerado, ansiosa... Será que eu iria conseguir???
Não conhecia ninguém do grupo Caminhadas e Trilhas, organizador do evento ou imaginava não conhecer. Chegando ao destino, encontro Val e César, colegas do Poder Judiciário; José Geraldo, que foi meu colega de infância e professor da minha filha; encontro a Alba Vanessa e seu esposo... Já comecei a me sentir em casa.
Os demais membros do grupo chegaram e aos poucos fui fazendo amizades e descobri que entre eles havia parceria, harmonia e cumplicidade. Esse foi o fator que mais me impressionou. Integração total...
Tomamos o café da manhã e após as instruções de praxe partimos para a caminhada.
Como é natural, algumas pessoas foram à frente, com os guias e eu pude acompanhar todo o percurso, em igualdade de condições.
A trilha, em determinados locais era de difícil acesso, no entanto eu estava ali... era isso que importava. Se eu demorasse a subir, ou se caísse, escorregasse, pouco me importava. Eu estava ali!
Confesso que quando cheguei ao local denominado Cruzeiro, último local a ser visitado, eu me emocionei. Eu consegui. Eu consegui...
Olhava para a imensidão das montanhas ao redor e agradecia a Deus por ter me dado a oportunidade de estar onde eu havia me proposto a chegar. Minha meta nº 01 estava cumprida.
Não foi fácil. Mas quem disse quem seria fácil???